Tendinite calcária
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A tendinite calcária é uma condição que pode causar dor intensa e limitar os movimentos, afetando bastante a qualidade de vida dos pacientes.
Caracterizada pelo depósito de cálcio nos tendões, essa doença é mais comum no ombro, mas também pode ocorrer em outras partes do corpo.
Embora a etiologia da patologia, ou seja, a origem de fato, ainda não seja completamente compreendida, sabemos sim tratar esta patologia com eficiência e ótimos resultados.
E conhecemos muito bem os fatores de risco relacionados, sendo os principais idade entre 30 e 60 anos, diabetes melitus, hipotireoidismo e dislipidemia.
Assim, é essencial saber como reconhecer os sintomas da tendinite calcária e conhecer as opções de tratamento disponíveis.

O que é a tendinite calcária?
A tendinite calcária é uma condição em que ocorre depósito anormal de cálcio dentro de um tendão, resultando em inflamação e, frequentemente, em dor intensa.
Apesar de poder afetar qualquer tendão do corpo, é mais comum nos tendões do ombro e do quadril, sendo o tendão do supraespinhal, localizado no ombro, o mais frequentemente acometido.


Esse depósito de cálcio pode irritar os tecidos ao redor, provocando uma inflamação significativa e dificuldade para realizar movimentos.
As fases da tendinite calcária
A tendinite calcária apresenta uma progressão cronológica descrita por Sarkar Uhthoff. Ela é dividida em 3 fases.
- Fase 1 - Pré-calcificação: Ocorre uma transformação das fibras tendíneas em nível microscópico (metaplasia fibrocartilaginosa). Esta fase é assintomática.
- Fase 2 - Estágio de calcificação: Fase mais importante da patologia. Ela é subdividida em 3 fases: formação, repouso e reabsorção. Durante a fase de formação é que a lesão passa a aparecer nas radiografias e caracteristicamente tem a aparência em “giz”. Na fase de repouso costuma começar uma dor fraca. E a fase de reabsorção é a fase mais dolorosa, apresentando inflamação intensa e imagem no raio-x em “pasta de dente”.
- Fase 3 - Pós-calcificação: Terceira e última fase. A lesão tende a cicatrizar formando fibrose e colágeno. O paciente tende a recuperar a função do ombro e deixar de sentir dor.

Quais são as causas e fatores de risco da tendinite calcária?
A tendinite calcária tem causas multifatoriais, ainda não totalmente compreendidas, mas associadas a alterações nos tecidos dos tendões que favorecem o depósito de cálcio em níveis da microcirculação.
A hipóxia tecidual, isso é, a redução do suprimento de oxigênio através do fluxo de sangue para o tendão, pode levar à morte celular e, com isso, estimular o depósito de cálcio como resposta do organismo.
Já os fatores de risco são bem conhecidos. Entre os principais temos:
- Microtraumas repetitivos: lesões pequenas e frequentes nos tendões podem desencadear processos inflamatórios e degenerativos, facilitando o acúmulo de cálcio;
- Desequilíbrios metabólicos: a salterações no metabolismo do cálcio e do fósforo podem contribuir para a formação de depósitos nos tendões;
- Idade e sexo: a condição é mais comum em pessoas com idade entre 30 e 60 anos e entre as mulheres. Cerca de 10% dos casos são bilaterais;
- Alterações hormonais: estudos sugerem uma maior prevalência em mulheres, especialmente na menopausa, indicando que os hormônios podem influenciar a condição;
- Fatores genéticos: uma predisposição genética pode estar associada ao desenvolvimento da doença.
Quais são os sintomas dessa condição?
A tendinite calcária pode causar diversos sintomas que afetam diretamente a qualidade de vida do paciente, especialmente devido à dor e à limitação funcional.
Confira abaixo os principais sinais que ajudam a identificar essa condição:
- Dor: geralmente localizada difusamente ao redor do ombro, piorando com o movimento. A dor costuma ser bastante intensa durante a fase de reabsorção, que está compreendida dentro da segunda fase da doença que é o estágio de calcificação;
- Limitação dos movimentos: dificuldade em realizar atividades, especialmente levantar o braço no caso do ombro;
- Sensibilidade ao toque: a área pode ficar dolorida ao pressionar;
- Inchaço: pode haver edema ao redor do tendão afetado;
- Rigidez: sensação de travamento ou dificuldade para movimentar a articulação consequente a dor ou após resolução do quadro de tendinite calcária devido um desenvolvimento secundário de Capsulite adesiva
- Dor noturna: desconforto que piora à noite, dificultando o sono. Muitas vezes essa dor noturna está relacionada a um quadro de Síndrome do Manguito Rotador concomitante;
- Fraqueza muscular: redução da força na região acometida, também algumas vezes relacionada a um quadro de Síndrome do Manguito Rotador concomitante.
Como realizamos o diagnóstico dessa condição?
O diagnóstico da tendinite calcária é feito através da avaliação clínica e de exames de imagem.
Inicialmente, investigamos os sintomas relatados pelo paciente, como dor intensa, limitação de movimentos e sensibilidade na região afetada.
Durante o exame físico, realizamos a palpação e a verificação do grau de mobilidade articular para identificar sinais de inflamação ou fraqueza muscular.
Então, para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão do depósito de cálcio, solicitamos exames de imagem, como radiografias e ressonâncias magnéticas, que mostram claramente os depósitos calcificados.
Quais as opções de tratamento para a tendinite calcária?
O tratamento da tendinite calcária pode ser conservador, minimamente invasivo ou cirúrgico e é individualizado, ou seja, depende do perfil do paciente e da apresentação da doença.
O tratamento conservador inclui repouso, modificações de certas atividades e uso de analgésicos e anti-inflamatórios para controlar a dor e inflamação.
A fisioterapia também é importante, com métodos anti-inflamatórios, exercícios específicos e técnicas manuais que ajudam a melhorar a mobilidade, fortalecer os músculos e aliviar a pressão sobre os tendões.
Dentre as opções minimamente invasivas temos infiltrações de diversos tipos de medicamentos, uma técnica chamada de barbotagem e a terapia por ondas de choque.

Quais são as principais opções de tratamento?
A terapia por ondas de choque utiliza ondas mecânicas de alta frequência com a intenção de fragmentar e estimular a reabsorção do depósito de cálcio.
Já a barbotagem é uma técnica em que fazemos uma punção guiada por ultrassom para fragmentar e remover os depósitos de cálcio.
O tratamento cirúrgico não costuma ser necessário, mas em situações mais graves ou persistentes, podemos sim indicar a cirurgia no ombro.
A técnica artroscópica é a opção mais utilizada e permite remover os depósitos sob visualização direta e tem a vantagem de permitir tratar patologias associadas, como um eventual reparo do manguito rotador concomitantemente.
Assim sendo, se você sente dor intensa no ombro, dificuldade para realizar movimentos ou suspeita de tendinite calcária, agende sua consulta com o Dr. Eric Curi.
Esse é o profissional mais indicado para avaliar seu caso, realizar o diagnóstico preciso e propor o tratamento adequado!
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