Fratura ou contusão: qual a diferença?
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Você sabe a diferença entre fraturas e contusões?
Quando sofremos um trauma, seja em uma queda, acidente ou durante a prática de esportes, é comum nos perguntarmos se a lesão é uma simples contusão ou algo mais sério, como uma fratura.
Apesar de ambas serem consequências de impactos, elas possuem características e tratamentos bastante distintos.
Dessa forma, entender cada uma dessas condições é fundamental para saber como agir e garantir uma recuperação adequada.
Fratura ou contusão: qual a diferença?
Entendendo a diferença entre fraturas e contusões, o paciente pode agir da forma mais adequada.
Fratura é “osso quebrado”, ou seja, a descontinuidade da estrutura óssea.
As fraturas variam muito em gravidade, podendo ir desde pequenas “fissuras” até fraturas complexas, podendo ser instáveis, envolver grandes ossos e ter extensão às articulações.
O termo “trincado”, por exemplo, refere-se a uma fratura sem desvio, que costuma ser menos preocupante, pois a estabilidade do osso é preservada e este tende a consolidar sem maiores consequências.
Já a contusão é uma lesão traumática nos tecidos moles do corpo, como músculos, pele ou vasos sanguíneos, causada por um impacto direto ou uma pancada. E sem que haja uma fratura.
Se houver fratura, mesmo que a contusão também tenha ocorrido, o diagnóstico principal será a fratura, devido à sua relevância clínica.
As fraturas costumam causar sintomas mais severos que as contusões e demandam atendimento de urgência.
Além de fratura e contusão, outros diagnósticos podem surgir após um trauma. Como entorses, que são lesões ligamentares, ou luxações, que significa perda de congruência articular, ou seja, quando uma articulação sai do lugar.
A luxação é frequentemente mais grave que uma fratura, pois implica em lesão extensa das partes moles, compreendendo ligamentos, lesões de cartilagens, lesões musculares, e, muitas vezes, requer intervenção cirúrgica.
Assim, em termos de gravidade, a contusão geralmente é menos severa que uma fratura, que é menos grave que uma luxação.
O que pode causar uma fratura ou contusão?
Entre as principais causas para fraturas podemos destacar:
- Traumas de alta energia: acidentes automobilísticos, quedas de grandes alturas e lesões esportivas de alto impacto;
- Traumas de baixa energia: quedas simples ou movimentos bruscos podem causar fraturas, especialmente em indivíduos com ossos fragilizados;
- Condições médicas: doenças como osteoporose, que enfraquecem os ossos, aumentam o risco de fraturas mesmo com traumas leves.
Já entre as causas de contusões, estão principalmente:
- Impactos diretos: golpes ou pancadas em atividades esportivas, acidentes domésticos ou colisões podem causar contusões nos tecidos moles;
- Quedas: deslizes ou tropeços que resultam em impactos contra superfícies duras frequentemente levam a contusões;
- Lesões por esmagamento: situações em que uma parte do corpo é comprimida por um objeto pesado podem causar contusões.
Como identificar cada uma dessas condições no momento do trauma?
Para identificar se a lesão é uma fratura ou uma contusão no momento do trauma, é importante observar os seguintes sintomas:
Sinais de uma fratura
- Dor intensa e localizada no local do impacto;
- Deformidade visível na área afetada;
- Perda de função do membro ou parte do corpo afetada, dificultando movimentação ou sustentação de peso;
- Presença de hematomas;
- Crepitação (sensação ou som de ossos raspando) ao tentar movimentar a área;
- Exposição óssea no caso de fraturas abertas, onde o osso rompe a pele.
Sinais de uma contusão
- Dor moderada a leve, geralmente difusa e suportável, que tende a melhorar gradualmente;
- Inchaço e hematoma no local da pancada, mas sem deformidades;
- Funcionalidade preservada, embora possa haver desconforto ao movimentar a área;
- Pele intacta, sem sinais de exposição óssea ou cortes profundos;
- Sensibilidade ao toque, mas sem a rigidez ou o bloqueio de movimento.
Como realizamos o diagnóstico dessas condições?
Inicialmente, realizamos uma anamnese detalhada, investigando o mecanismo da lesão e os sintomas apresentados pelo paciente.
Além disso, o exame físico é fundamental para identificarmos sinais como deformidades, hematomas e sensibilidade local.
Então, para confirmar uma fratura, costumamos usar a radiografia.
Esse exame permite visualizar a integridade óssea e identificar possíveis fraturas.
Em casos onde a radiografia não é conclusiva ou há suspeita de lesões mais complexas, podemos indicar a tomografia computadorizada e/ou a ressonância magnética, exames complementares que oferecem informações adicionais em comparação às radiografias.
Fraturas ou contusões: quais tratamentos são indicados?
O tratamento para fraturas e contusões é bastante diferente.
As contusões, geralmente, requerem cuidados simples como repouso, aplicação de gelo para reduzir inchaço e aliviar a dor e elevação do local afetado para minimizar o edema.
Também podemos prescrever medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios.
Por outro lado, as fraturas demandam tratamentos mais complexos.
Assim, é essencial imobilizarmos o local com gesso, talas ou órteses para manter o osso alinhado e, em alguns casos, pode ser necessário realizar a redução, que é o realinhamento manual ou cirúrgico dos fragmentos ósseos.
Tratamento conservador
O controle da dor e inflamação é feito com medicamentos específicos e, após a consolidação óssea, é indispensável encaminhar o paciente para a fisioterapia, a fim de ajudá-lo na recuperação da força e mobilidade.
Ademais, fraturas mais graves podem exigir cirurgia para estabilizar o osso com placas, parafusos ou hastes.
A consolidação óssea é um aspecto central no tratamento das fraturas.
Em crianças, a recuperação é mais rápida devido à espessura do periósteo, a membrana que recobre o osso sendo que, em cerca de duas semanas, já é possível observar o início da formação do calo ósseo nas radiografias, indicando o processo de cicatrização.
Em adultos e idosos, o ritmo de consolidação é mais lento, mas ainda ocorre, mesmo em casos de pacientes com osteoporose.
Portanto, se você sofreu um trauma e apresenta sintomas como dor persistente ou dificuldade de movimentação, é fundamental agendar uma consulta com o ortopedista.
Reforçamos que apenas o especialista poderá realizar uma avaliação completa, diagnosticar corretamente sua condição e indicar o tratamento mais adequado para garantir sua recuperação!
Agende sua consulta com o Dr. Eric Curi
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