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Algumas condições podem levar à necessidade de operar a clavícula e contar com um ortopedista especializado é fundamental.
Apesar da recuperação pós cirúrgica demandar cuidados especiais, os avanços atuais nas técnicas das cirurgias de ombro nos permitem chegar em excelentes resultados, devolvendo a qualidade de vida e bem-estar aos pacientes. E muitas vezes a reabilitação pós operatória de uma cirurgia para tratamento de fraturas da clavícula é bem mais rápida do que àquela do tratamento conservador, ou seja, sem cirurgia.
Aqui, vamos entender um pouco mais sobre as fraturas da clavícula e como realizar um tratamento bem-sucedido.
Você sabia que os quadrúpedes não possuem clavículas? Interessante, né?
Então vamos lá, o que é a clavícula e qual sua função?
A clavícula é um osso longo que liga o esterno (osso na parte da frente do tórax) à escápula (popularmente chamada de “asa”)
Atua como um suporte, mantendo o braço afastado do tronco e permitindo a mobilidade do ombro.
Além de suportar o ombro, a clavícula protege importantes nervos e vasos sanguíneos que passam por baixo dela e é a única conexão óssea verdadeira entre os nossos membros superiores e o restante do corpo (o esqueleto apendicular).
A quais lesões a clavícula está sujeita?
As principais lesões que acometem as clavículas são fraturas (osso quebrado) e luxações (articulação sair do lugar). Neste texto trataremos das fraturas da clavícula. As luxações da clavícula, que inclui as luxações acromio-claviculares (LAC) e as esterno-claviculares (LEC) são tratadas na sessão específica dessas lesões.
RX normal de uma clavícula esquerda
Fraturas na clavícula são comuns. Tão comuns que a clavícula é o osso mais fraturado do corpo humano! Elas podem ocorrer com todas as pessoas, tanto recém nascidos, crianças, adolescentes, adultos ou idosos e não tem exatamente uma predileção por sexo, mas a população mais afetada são os homens jovens.
RX de uma clavícula esquerda fraturada na sua parte central
Essas fraturas ocorrem devido a traumas, como quedas sobre o ombro. Uma curiosidade interessante e um pouco triste é que a clavícula pode fraturar durante o parto.
A dor desta lesão costuma ser intensa, sendo sentida na região peitoral, no ombro e nas costas. Costuma ocorrer inchaço e hematomas na área afetada, juntamente com dificuldade para movimentar o ombro. O local da dor é o mais doloroso e é possível sentir os fragmentos ósseos movimentarem-se.
Então, na suspeita de fratura da clavícula, solicitamos radiografías, exame que costuma ser suficiente para confirmar o diagnóstico. Em alguns casos o estudo por imagens pode ser complementado com uma tomografia computadorizado – em se tratando de uma fratura mais complexa esse exame pode auxiliar no planejamento cirúrgico – ou então com uma ressonância magnética – caso haja suspeita de lesões ligamentares ou outras estruturas moles as quais não aparecem no RX ou na tomografia.
Quando a cirurgia é necessária para tratar uma fratura da clavícula?
O tratamento destas fraturas irá depender do grau de desvio ósseo e das condições clínicas dos pacientes.
Algumas fraturas da clavícula são tratadas de forma não-cirúrgica, que chamamos de tratamento conservador da fratura da clavícula.
No entanto, em casos com grande deslocamento ósseo (fraturas muito desviadas e cominutas), fraturas articulares – na extremidade da clavícula onde ela articula ou com o esterno ou com a escápula -, fraturas expostas ou com lesões associadas (artérias, veias, nervos ou tendões), a cirurgia será necessária.
RX pós operatório mostrando uma clavícula esquerda fraturada tratada com uma placa e 6 parafusos, 3 de cada lado da fratura
É fundamental a avaliação de um ortopedista especialista e com experiência neste tipo de lesão para auxiliar na melhor escolha de tratamento o possível.
No caso de um tratamento cirúrgico, este deve acontecer idealmente dentro da primeira semana de trauma. A cirurgia não deve tardar, uma vez que a cicatrização vai acontecendo da maneira como a lesão está e isso pode tornar a cirurgia mais mórbida, isso é, mais agressiva, já que é preciso retirar a cicatrização ineficiente para conseguir executar a cirurgia. Ao mesmo tempo, não é obrigatório operar no primeiro dia. É totalmente possível e inclusive aconselhável ouvir mais de uma opinião médica e refletir sobre uma decisão tão importante como esta.
Como será o preparo para a cirurgia?
Consulta médica e exames
Antes da cirurgia, é necessário passar por uma avaliação médica detalhada, incluindo exames físicos e de imagem. Em alguns casos o paciente pode optar por internar no mesmo momento do diagnóstico e acelerar o processo da cirurgia.
Além disso, indicamos a avaliação com médico clínico do paciente – muitas vezes um cardiologista ou geriatra – para avaliação clínica pré operatória, de modo a garantir que o procedimento ocorra da maneira mais segura o possível.
Medicações e orientações
No próprio Pronto Atendimento são colhidos exames de sangue pré operatórios e prescritas medicações para dor e de uso prévio. É colocado uma tipóia, como medida de imobilização. É necessário um período de 8 horas de jejum.
Planejamento do pós-operatório
Planejar o pós-operatório é essencial para uma recuperação tranquila. Neste caso específico, em se tratando de uma urgência ortopédica, geralmente não é possível realizar um planejamento detalhado da residência e da agenda. Mas idealmente o paciente necessitará de alguns auxílios para tarefas do dia a dia na primeira semana e seria ótimo se puder se ausentar do trabalho também por este período. Legalmente, nada impede o paciente de ficar afastado por mais tempo, já que estamos tratando de uma fratura grave e que causa limitações de função do membro superior acometido, principalmente no caso de um trabalho mais braçal. Mas para trabalhos mais intelectuais, após uma semana o paciente consegue retomar bem e com segurança.
Como ocorre a cirurgia
Tipo de anestesia
Geralmente, optamos pela anestesia geral associada com anestesia local (infiltração da ferida cirúrgica com anestésico local), de modo a garantir maior conforto e segurança ao paciente.
Procedimento cirúrgicos
A cirurgia geralmente é feita com placa e parafusos, por via aberta, com um corte de cerca de 8cm em cima da clavícula.
Pós-operatório imediato
Após a cirurgia, o paciente vai para a sala de recuperação, onde fica em observação até os efeitos da anestesia passarem. Então o paciente é encaminhado ao seu quarto e, na maioria dos casos, em cirurgias que terminam até as 15 horas é possível dar alta no mesmo dia. Já nas cirurgias que terminam após as 15 horas, o paciente dorme no hospital e costuma ter alta hospitalar no dia seguinte, visando a segurança e conforto do paciente.
A recuperação pós-operatória
Nos primeiros dias após a cirurgia, o paciente deverá usar uma tipóia para imobilizar o membro superior, como medida de conforto. Salvo raras exceções o tempo de tipóia no pós operatório de fraturas da clavícula é bastante breve. Com poucos dias já é possível ficar sem tipóia dentro de casa e com cerca de 2 semanas é possível um desmame total.
A fisioterapia não é imprescindível neste tipo de lesão – comparado com outras lesões de ombro e cotovelo na qual o papel da fisioterapia é crucial – mas com certeza é muito bem vinda e ajuda na reabilitação acelerada. A fisioterapia auxilia no controle da dor, na recuperação da mobilidade total do ombro, escápula e cotovelo e no fortalecimento muscular. Exercícios específicos serão recomendados pelo fisioterapeuta e são fundamentais para uma boa reabilitação.
O tempo de retorno para cada atividade varia. Desde o pós operatório imediato já se deve tirar a tipóia para mobilizar o cotovelo e o punho e se deve caminhar. No dia seguinte já é possível usar um computador. Já nos primeiros dias é possível ficar sem tipóia dentro de casa e iniciar a fisioterapia. Com cerca de duas semanas é feito o desmame total da tipóia e é possível voltar a dirigir. E a recuperação total, com retorno a atividades físicas sem restrições, incluindo esportes de contato, leva de 2 a 3 meses.
Quais os custos de uma cirurgia?
Toda cirurgia tem três grupos de custos. Existem os custos hospitalares, os custos de material cirúrgico e os honorários da equipe médica – que inclui cirurgião, auxiliares, anestesista, instrumentador e secretárias.
Os planos de saúde cobrem os custos hospitalares e do material cirúrgico. Já os honorários médicos têm uma cobertura variável e dependerá do valor que o paciente será reembolsado.
Nos casos de cirurgias particulares, os três grupos de custos são bancados pelo paciente e costuma ser possível algum tipo de negociação.
Numa cirurgia para tratamento de fratura da clavícula o valor dos honorários médicos costuma variar de 10 a 40 mil reais, o que inclui cirurgião, auxiliares, anestesista, instrumentador e secretárias. Os valores variam com base na grandiosidade e complexidade da cirurgia.
Consulte sempre médicos ortopedistas especialistas, bem formados e com know-how técnico e científico para o melhor diagnóstico e tratamento.
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