Cotovelo do golfista: saiba mais

O cotovelo do golfista, ou epicondilite medial, pode afetar qualquer pessoa que realiza movimentos repetitivos envolvendo força de preensão (fechamento da mão), flexão do punho ou “torção” do antebraço (pronação e supinação). 

Profissionais que usam ferramentas manuais, digitam por longos períodos, quem pega pesado na academia ou esportes de raquete, também estão suscetíveis à condição.

O cotovelo do golfista é uma tendinopatia por sobrecarga, ou seja, uma inflamação crônica de tendões que tem origem na parte de dentro do cotovelo e que ocorre por um desbalanço muscular.

O diagnóstico correto é essencial para um tratamento bem-sucedido. Entenda melhor neste artigo!

O que é o cotovelo do golfista? 

Tecnicamente conhecida como epicondilite medial, esta é uma condição inflamatória que acomete os tendões da parte interna do cotovelo.

Mais especificamente, a condição envolve os tendões que se fixam no epicôndilo medial do úmero, uma proeminência óssea que pode ser sentida como uma “bolinha dura” na parte interna do cotovelo.

É nesse ponto que se originam os músculos responsáveis principalmente pela flexão do punho e dos dedos, além da pronação do antebraço (movimento de virar a palma da mão para baixo).

Assim, a inflamação das estruturas pode ocorrer quando há sobrecarga repetitiva, especialmente quando combinada com movimentos de flexão do punho, rotação do antebraço (pronação) e estresse em valgo do cotovelo (quando o antebraço se afasta do corpo com o cotovelo fixo).

Outro detalhe anatômico importante é que, logo atrás do epicôndilo medial, passa o nervo ulnar.

Esse nervo é responsável por aquela sensação de “choque” ao bater o cotovelo, o que pode também causar sintomas neurológicos se houver irritação associada.

Como reconhecer os sintomas dessa condição?

Entre os principais sinais do cotovelo do golfista, destacamos:

  • Dor no cotovelo localizada na parte interna, próxima ao epicôndilo medial;
  • Sensibilidade ao toque nessa região óssea;
  • Dor que aumenta ao realizar movimentos de flexão do punho, preensão da mão ou rotação do antebraço (pronação);
  • Fraqueza ao segurar objetos ou realizar atividades que exigem força com a mão;
  • Rigidez ou desconforto no cotovelo, especialmente após esforços repetitivos;
  • Em alguns casos, sensação de formigamento ou dormência no dedo mínimo e parte do anelar, devido à irritação do nervo ulnar próximo à área afetada;
  • Dificuldade em realizar movimentos que envolvem torção do braço ou uso repetitivo da musculatura do antebraço.

Como realizamos o diagnóstico do cotovelo do golfista?

O diagnóstico do cotovelo do golfista é feito principalmente com base na história clínica do paciente e em um exame físico detalhado.

Durante a consulta, investigamos o tipo de atividade que o paciente realiza, especialmente se há esforços repetitivos que envolvam flexão do punho, pronação do antebraço ou uso excessivo da musculatura flexora.

Além disso, no exame físico, realizamos testes que reproduzem os sintomas do cotovelo do golfista.

A dor desencadeada nesses testes, combinada com a sensibilidade à palpação da região do epicôndilo medial, é um indicativo importante para o diagnóstico.

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Também podemos solicitar exames de imagem para excluir outras causas de dor no cotovelo ou em casos que não melhoram com o tratamento inicial.

A ultrassonografia, por exemplo, pode mostrar sinais de inflamação ou degeneração dos tendões, e a ressonância magnética mostra o grau de comprometimento tecidual quando há dúvida diagnóstica ou falha terapêutica.

Quais são as opções de tratamento para essa condição?

Em geral, a primeira recomendação é reduzir ou modificar as atividades que desencadeiam ou pioram a dor, especialmente aquelas que envolvem esforço repetitivo com o punho e o antebraço.

Costumamos orientar o chamado “repouso relativo”, que não significa imobilização completa, mas sim evitar movimentos que geram sobrecarga na musculatura flexora do antebraço.

Além disso, podemos utilizar anti-inflamatórios não esteroides por um curto período para controle da dor e inflamação.

A aplicação de gelo local, especialmente nos primeiros dias de dor mais intensa, também pode ser útil.

Em muitos casos, indicamos o uso de uma órtese para o cotovelo, que ajuda a reduzir a tensão sobre os tendões inflamados.

A fisioterapia é outra parte fundamental do tratamento.

O protocolo geralmente envolve técnicas de analgesia, alongamento progressivo da musculatura envolvida e fortalecimento gradual dos músculos do antebraço.

Porém, se após alguns meses de tratamento conservadoros sintomas persistirem e continuarem a limitar a funcionalidade do paciente, podemos considerar outras opções.

Em alguns casos, realizamos infiltração articular com medicações específicas para aliviar a inflamação local.

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E, como última alternativa, existe a possibilidade da cirurgia no cotovelo.

O procedimento visa remover o tecido tendíneo degenerado e promover a regeneração da região.

Cotovelo do golfista: conte com o especialista

Como relatamos, a epicondilite medial é uma condição que pode comprometer atividades simples do dia a dia, como segurar objetos, digitar ou até mesmo abrir uma porta.

Apesar do nome, essa condição não atinge apenas quem pratica golfe, ela é comum em diversas atividades repetitivas que exigem esforço dos músculos do antebraço.

Por isso, contar com o acompanhamento do especialista desde os primeiros sinais é fundamental.

O diagnóstico preciso evita confusões com outras causas de dor no cotovelo e direciona o tratamento mais adequado para o seu caso.

Além disso, cada fase do tratamento deve ser conduzida com segurança e conhecimento técnico.

Com a orientação certa, é possível tratar a dor, recuperar a função e evitar que a condição se torne crônica ou gere limitações maiores.

Em caso de incômodos associados a essa condição, agende uma consulta com o Dr. Eric Curi, especialista em ortopedia e cirurgia do ombro e cotovelo, para uma avaliação completa e um plano de tratamento personalizado.

Seu bem-estar começa com um cuidado especializado!

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