Bursite do olécrano: entenda a condição e o tratamento

A Bursite do Olécrano é um tipo específico de bursite, a qual acomete a bursa olecraniana e causa dor e inchaço importantes na parte de trás do cotovelo.

“Bursite” significa inflamação de uma bursa. Bursas são pequenas bolsas cheias de líquido localizadas entre ossos, tendões e músculos, presentes nas nossas articulações pelo corpo. Então, quando as bursas inflamam temos bursite.

Olécrano é uma parte da ulna, um dos ossos do antebraço. É justamente a saliência óssea facilmente palpável na parte de trás do cotovelo. E entre o olécrano e a pele, naquele espaço bastante pequeno, existe uma bursa, a Brusa Olecraniana.

Essa estrutura, normalmente fina e quase imperceptível, pode se inflamar devido a traumas, pressão prolongada, infecções ou condições como artrite e gota. 

Quando inflamada, a bursa pode causar dor, inchaço e até mesmo limitar os movimentos do cotovelo, comprometendo bastante as atividades cotidianas do paciente.

Portanto, o diagnóstico correto é essencial para determinar o tratamento mais adequado, prevenindo complicações e restaurando a funcionalidade da articulação.

O que é a bursite do olécrano?

A bursite do olécrano é uma inflamação da bursa localizada na parte posterior do cotovelo, sobre o olécrano, que é a extremidade mais proeminente da ulna, um dos ossos do antebraço. 

As bursas são pequenas bolsas cheias de líquido que funcionam como amortecedores entre ossos, músculos e tendões, reduzindo o atrito e facilitando o movimento.

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Quais são as causas dessa condição?

A bursite do olécrano pode ser causada por diversos fatores, incluindo:

  • Trauma: um impacto direto na ponta do cotovelo pode levar a uma produção excessiva de líquido na bursa, resultando em inchaço;
  • Pressão prolongada: apoiar-se sobre a ponta do cotovelo por períodos prolongados, especialmente em superfícies duras, pode causar inflamação da Bursa;
  • Infecção: lesões na pele próximas ao cotovelo, como picadas de insetos ou cortes, podem permitir a entrada de bactérias na bursa, resultando em uma bursite infecciosa;
  • Condições médicas subjacentes: doenças como artrite reumatoide e gota estão associadas ao desenvolvimento de bursite do olécrano.

Quais são os sintomas da bursite do olécrano?

É importante se atentar aos sintomas da bursite do olécrano para procurar o médico ortopedista. 

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Podemos destacar como principais incômodos:

  • Dor: pode ser leve ou intensa, especialmente ao movimentar ou pressionar o cotovelo;
  • Inchaço (edema): a bursa inflamada forma uma protuberância visível e palpável sobre o cotovelo;
  • Vermelhidão: a pele sobre a bursa pode apresentar coloração avermelhada, indicando inflamação;
  • Calor local: a região do cotovelo pode estar quente ao toque, principalmente em casos de bursite infecciosa.
  • Perda de função: movimentos do cotovelo podem ficar limitados ou dolorosos, dificultando atividades cotidianas.

Além desses sintomas, em casos de infecção, também podem ocorrer febre e mal-estar geral.

Quer saber mais sobre a bursite do olécrano? Temos um vídeo sobre o assunto:

Como realizamos o diagnóstico dessa condição?

O diagnóstico da bursite do olécrano envolve uma avaliação clínica detalhada para identificar a causa subjacente da inflamação.

O processo começa com a anamnese, onde coletamos informações sobre a duração do problema, possíveis traumas, atividades que envolvam pressão repetitiva sobre o cotovelo e condições médicas preexistentes.

Durante o exame físico, avaliamos a presença de inchaço, dor, vermelhidão e calor na região do olécrano, além da mobilidade do cotovelo para identificar possíveis limitações.

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Além disso, costumamos solicitar exames de imagem, como radiografia, ultrassonografia e ressonância magnética para complementar o diagnóstico.

A radiografia é útil para descartar fraturas ou outras alterações ósseas, enquanto a ultrassonografia ajuda a visualizar a inflamação da bursa e distinguir entre bursite inflamatória e infecciosa.

Já a ressonância magnética fornece informações mais detalhadas sobre a bursa e as estruturas adjacentes, sendo indicada em casos mais complexos.

Se houver suspeita de infecção, podemos realizar a aspiração da bursa para coletar líquido da região inflamada.

Esse material é analisado em laboratório para identificar possíveis agentes infecciosos.

Além disso, exames laboratoriais, como hemograma ou testes específicos para doenças inflamatórias, podem ser solicitados para investigar condições sistêmicas associadas ou para auxiliar no diagnóstico diferencial.

Quais os tratamentos disponíveis para a bursite do olécrano?

O tratamento da bursite do olécrano varia conforme a causa subjacente, distinguindo-se entre bursite inflamatória e infecciosa.

Na bursite inflamatória, o manejo conservador é geralmente eficaz.

Dessa forma, recomendamos repouso do cotovelo afetado, aplicação de compressas frias para reduzir o inchaço e uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) para aliviar a dor e a inflamação.

Em alguns casos, podemos fazer a aspiração do líquido acumulado na bursa para aliviar os sintomas.

Também podemos recomendar a fisioterapia para fortalecer os músculos ao redor da articulação e prevenir recorrências.

Entretanto, quando a bursite é infecciosa, o tratamento requer o uso de antibióticos apropriados, selecionados com base nos resultados de culturas microbiológicas.

A duração do tratamento antibiótico depende da gravidade da infecção e da resposta do paciente à terapia.

Por fim, em situações onde a bursite se torna crônica ou não responde aos tratamentos conservadores, consideramos a remoção cirúrgica da bursa (bursectomia).

Este procedimento é geralmente reservado para casos selecionados e refratários às demais intervenções.

Ressaltamos que é fundamental que o tratamento seja individualizado, levando em conta a causa específica da bursite e as características clínicas de cada paciente para garantir a eficácia terapêutica.

Assim sendo, caso você identifique os sintomas associados a essa condição, agende uma consulta com o especialista em cotovelo e evite complicações!

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