Artroplastia do ombro: saiba mais sobre a cirurgia

A artroplastia do ombro – famosa prótese – é um procedimento cirúrgico cada vez mais adotado com o objetivo de restaurar a função e proporcionar alívio da dor em pacientes que apresentam comprometimento significativo dessa articulação.

Ela é indicada principalmente em casos de artrose, lesões graves do manguito rotador ou fraturas complexas, situações em que outros tratamentos não oferecem resultados satisfatórios.

O procedimento consiste na substituição das estruturas danificadas por próteses específicas, capazes de devolver mobilidade, estabilidade e qualidade de vida ao paciente.

Neste artigo, vamos explicar em detalhes como a artroplastia do ombro é realizada, em quais circunstâncias ela pode ser necessária e quais são as expectativas em relação à recuperação pós-operatória.

Continue lendo para entender melhor!

O que é a artroplastia do ombro?

A artroplastia do ombro é um procedimento cirúrgico realizado para substituir parcial ou totalmente a articulação do ombro por uma prótese.

O objetivo da operação é devolver a função e aliviar a dor causada por doenças degenerativas ou por lesões graves.

Geralmente, essa cirurgia é indicada quando tratamentos conservadores, como medicação, fisioterapia e infiltração articular, não conseguem oferecer melhor qualidade de vida ao paciente.

Durante a artroplastia, substituímos as estruturas danificadas da articulação por componentes artificiais que imitam o movimento natural do ombro, permitindo maior mobilidade e conforto.

Tipos de prótese de ombro

Existem diferentes tipos de prótese, escolhidas conforme o grau de comprometimento da articulação e o estado das estruturas adjacentes, a saber:

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(A)Prótese parcial 

Substitui apenas a cabeça do úmero, preservando a superfície articular da glenoide. 

É indicada, principalmente, em casos de fraturas complexas do úmero ou quando a cartilagem da glenoide se mantém preservada.

(B)Prótese anatômica total 

Reproduz a anatomia natural do ombro, substituindo tanto a cabeça umeral quanto a cavidade glenoidal. Para alcançar bons resultados, exige que o manguito rotador esteja íntegro, garantindo força e mobilidade adequadas.

(C) Artroplastia reversa 

Inverte a anatomia da articulação, fixando a esfera na glenoide e a cavidade no úmero. É indicada em casos de lesão irreparável do manguito rotador ou em pacientes com artrose avançada, pois permite que o músculo deltóide assuma a função de movimentação do ombro.

As próteses são compostas por diferentes partes que substituem as estruturas anatômicas originais:

  • Componente umeral: geralmente metálico (titânio ou aço inoxidável), substitui a cabeça do úmero. Pode ser fixado no osso com cimento cirúrgico ou por sistemas não cimentados que favorecem a integração óssea.
  • Componente glenoidal: normalmente feito de polietileno de alta densidade, substitui a cavidade da escápula (glenoide). Nas artroplastias reversas, esse componente recebe uma esfera metálica (glenosfera).
  • Inserto de polietileno: encaixado entre os componentes metálicos, funciona como superfície de deslizamento, reduzindo atrito e garantindo a mobilidade da articulação.

A escolha do tipo de prótese e de seus componentes depende de fatores como idade do paciente, qualidade óssea, integridade dos tendões, grau de degeneração articular e nível de atividade física. 

A avaliação detalhada pelo ortopedista especializado é fundamental para definir a melhor estratégia e garantir o máximo de funcionalidade após a cirurgia.

Quais doenças ou lesões podem levar à necessidade dessa cirurgia?

Diversas doenças e lesões podem levar à necessidade desse procedimento, entre as principais estão:

  • Artrose do ombro (osteoartrite): desgaste natural da cartilagem que provoca dor, rigidez e perda progressiva da mobilidade;
  • Artrite reumatoide: doença inflamatória crônica que pode destruir a articulação e causar deformidades;
  • Necrose avascular da cabeça do úmero: ocorre quando há interrupção do fluxo sanguíneo para o osso, levando à morte do tecido ósseo;
  • Fraturas complexas do ombro: lesões graves, geralmente decorrentes de traumas, que não podem ser reparadas apenas com placas e parafusos;
  • Lesões graves do manguito rotador: quando há ruptura extensa e irreparável dos tendões, associada a dor e perda de função.
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Como realizamos a cirurgia de prótese no ombro?

A artroplastia do ombro é considerada um procedimento eletivo, ou seja, não costuma ser realizada em caráter de urgência. 

Após a avaliação clínica e a indicação da necessidade da cirurgia, o paciente pode escolher o momento mais adequado para realizá-la, o que permite uma programação tranquila e segura.

A cirurgia é feita em centro cirúrgico, sob anestesia geral, com duração média de 1h30 a 2h. 

Durante o procedimento, substituímos as estruturas danificadas do ombro por uma prótese parcial ou total, conforme o tipo de lesão e as necessidades de cada paciente.

Em alguns casos, a escolha pode ser pela prótese anatômica; em outros, pela reversa, quando há comprometimento do manguito rotador.

O processo é conduzido com técnicas avançadas, que buscam preservar ao máximo os tecidos ao redor e garantir a correta fixação da prótese, seja por meio de cimento cirúrgico ou por sistemas que permitem a integração natural ao osso.

Após a cirurgia, o tempo de internação costuma variar entre dois e três dias, período em que o paciente recebe acompanhamento médico, controle da dor e orientações iniciais para a reabilitação. 

Em seguida, o tratamento continua com fisioterapia, etapa essencial para recuperar gradualmente a mobilidade, força e estabilidade da articulação.

Como será a reabilitação do paciente após a cirurgia?

A reabilitação após a artroplastia do ombro é uma etapa fundamental para alcançar os melhores resultados possíveis.

O processo começa já no hospital, geralmente no dia seguinte ao procedimento, quando o paciente inicia movimentos leves e assistidos, de acordo com a intensidade da dor e as orientações médicas.

Também costumamos iniciar a fisioterapia ainda durante a internação.

O foco é restaurar gradualmente a amplitude de movimento, fortalecer os músculos ao redor da articulação e recuperar a função do ombro.

Nos primeiros dias, o paciente já pode realizar atividades simples, como levar um talher à boca para se alimentar e, com o avanço da recuperação, retoma suas funções diárias de forma progressiva.

O tempo total de reabilitação pode variar conforme a gravidade da condição inicial, o estado de saúde e a dedicação ao processo.

Mas, em média, a recuperação completa leva alguns meses.

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Quando procurar o ortopedista especializado em ombro para avaliar a necessidade da artroplastia?

Procurar o ortopedista especializado em ombro é fundamental quando a dor passa a ser constante e limita movimentos simples do dia a dia.

O especialista é o profissional mais capacitado para avaliar se a artroplastia é realmente necessária, considerando o histórico do paciente, os exames de imagem e as condições clínicas.

Além de indicar a melhor abordagem cirúrgica, o ortopedista acompanha todas as etapas do processo, desde o preparo pré-operatório até a reabilitação, aumentando assim as chances de sucesso da cirurgia.

Então, se você sente que sua qualidade de vida está sendo comprometida pela dor e pela limitação do ombro, não adie o cuidado.

Agende sua consulta e conte com o ortopedista do ombro para saber qual o melhor tratamento para que você volte a ter liberdade de movimento e bem-estar!

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