Luxação acromioclavicular
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A luxação acromioclavicular (LAC) é uma lesão que afeta o ombro, especificamente a articulação entre a clavícula e o acrômio, uma parte específica da escápula.
Essa condição costuma ser consequente a quedas sobre o ombro, sendo especialmente prevalente em esportes de contato.
Assim, devido à importância desta articulação para a mobilidade e funcionalidade do ombro, entender as causas e as opções de tratamento disponíveis é fundamental.
Com a abordagem adequada, é possível recuperar a integridade e função da articulação, garantindo que os pacientes possam retornar às suas atividades diárias com segurança e conforto.
O que é a luxação acromioclavicular e por que ela ocorre?
A luxação acromioclavicular é uma lesão que ocorre na articulação do mesmo nome, situada na parte superior do ombro, onde a clavícula encontra o acrômio, uma parte da escápula.
Essa articulação é vital para a mecânica do ombro e é a única conexão verdadeira entre os membros superiores e o resto do esqueleto.
A lesão, geralmente, resulta de um trauma direto na região do ombro.
As causas mais frequentes são quedas sobre o ombro, comuns em esportes de contato como futebol, rugby, judô, ciclismo e skate, entre outros.
Além disso, impactos indiretos, como um golpe ou uma queda que transmite uma força intensa através do braço enquanto este está estendido, também podem causar a luxação.
Luxação, como citado em outros textos e vídeos da #TerçaOrtopédica, é um trauma grave, que significa perda da congruência articular. Então numa LAC os ligamentos que estabilizam a articulação acromioclavicular foram em maior ou menor grau lesionados. E, como você pode imaginar, quantificar a gravidade da lesão é importante, tanto para fins do tratamento quanto para fins de prognóstico e reabilitação.
Classificação de Rockwood para Luxação Acromioclavicular
Lesões mais leves afetam apenas os ligamentos entre o acrômio e a clavícula e são classificadas como tipo I ou II. Já nos casos mais graves a lesão acomete também aos ligamentos entre o coracóide – uma outra parte da escápula – e a clavícula e são classificadas como III, IV ou V. O tipo VI é um caso à parte extremamente raro.
De modo geral LAC´s grau I ou II são de tratamento conservador, LAC´s grau IV ou V são de tratamento cirúrgico e os casos grau III são individualizados, podendo ser tratados de ambas maneiras.
Quais são os sintomas da luxação acromioclavicular?
Os sintomas de uma luxação acromioclavicular podem incluir:
- Dor: o sintoma mais comum é a dor intensa bem próximo a articulação acromioclavicular, a qual é facilmente palpável. A dor pode se intensificar com movimentos do braço ou ao tocar a área afetada;
- Inchaço e sensibilidade: a região ao redor da articulação acromioclavicular geralmente apresenta inchaço e é bastante sensível ao toque;
- Deformidade visível: uma das características dessa lesão nos graus mais avançados é a deformidade formada pela elevação relativa clavícula em relação ao acrômio (ainda que mecanicamente é o acrômio que se inferioriza);
- Limitação de movimento: o indivíduo afetado muitas vezes apresenta uma redução na capacidade de movimentar o ombro e o braço devido à dor e ao dano mecânico na articulação;
- Crepitação: em alguns casos, pode-se sentir ou ouvir um som de crepitação ou estalido ao mover o ombro, indicativo de atrito anormal entre os ossos e/ou fraturas associadas;
- Dor ao carregar peso: a dor pode se agravar ao levantar objetos ou ao realizar esforços com o braço afetado.
Lembramos que esses sintomas podem variar de leves a severos, dependendo do grau da luxação e da extensão do dano na estrutura do paciente.
Como realizamos o diagnóstico da LAC?
O diagnóstico da luxação acromioclavicular é pautado na história clínica, exame físico e exames complementares, sendo o RX o principal.
A história costuma conter a descrição de um trauma com queda sobre o ombro. Em seguida, é realizado o exame físico que costuma demonstrar uma assimetria da articulação acromioclavicular em comparação ao lado contralateral. É fundamental no exame físico descartarmos lesões associadas potencialmente graves, como ferimentos de pele, fraturas expostas, lesões vasculares ou neurológicas.
Feita a suspeita clínica baseada na história e exame físico, solicitamos exames de imagem para confirmar o diagnóstico e classificar a gravidade da lesão. O principal é o RX em algumas diferentes incidências.
Isso é essencial para visualizarmos o deslocamento da clavícula em relação ao acrômio.
Em situações que requerem uma análise mais detalhada das estruturas ósseas e dos tecidos moles, como ligamentos e músculos, também podemos solicitar outros exames como tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética. Esses exames são particularmente úteis em casos de lesões complexas ou quando estou considerando a possibilidade de uma intervenção cirúrgica.
Então, com todas essas informações, podemos confirmar um diagnóstico preciso de luxação acromioclavicular e determinar o melhor tratamento.
Quais são as opções de tratamento para essa condição?
Após a realização do diagnóstico e avaliação do grau da lesão, poderemos fazer o tratamento conservador ou cirúrgico.
Tratamento conservador
No tratamento conservador, realizamos a imobilização do ombro do paciente.
Para isso, geralmente utilizamos uma tipoia para manter o ombro estável e relaxado, permitindo que os ligamentos lesionados comecem a cicatrizar.
O período de imobilização varia conforme a gravidade da lesão, podendo durar de alguns dias a várias semanas.
Após a fase de imobilização, a reabilitação torna-se fundamental.
O processo de fisioterapia visa restaurar a amplitude do movimento articular e fortalecer a musculatura que estabiliza o ombro.
Planejamos e introduzimos os exercícios progressivamente para evitar a sobrecarga da articulação ainda em recuperação. Além disso, parte significativa da reabilitação inclui treinamentos específicos que focam na consciência corporal e na postura.
Esses treinamentos são importantes não apenas para a recuperação, mas também para minimizar o risco de futuras lesões e otimizar o uso do ombro em atividades diárias e esportivas.
Tratamento cirúrgico
Indicamos a cirurgia para a luxação acromioclavicular quando o tratamento conservador não é suficiente para garantir a recuperação funcional do ombro, o que se aplica aos casos de lesões mais graves.
A decisão por tratamento cirúrgico leva em conta vários fatores. Consideramos a extensão da lesão (quais ligamentos foram acometidos), o tipo de atividade do paciente, condições pré-existentes (comorbidades), idade e expectativa de vida.
A cirurgia visa reposicionar a articulação entre o acrômio e a clavícula restabelecendo a anatomia correta da articulação, isso é, a congruência articular.
Dependendo do caso, a cirurgia pode ser aberta ou artroscópica.
Na maioria dos casos, os resultados cirúrgicos são muito positivos, especialmente se a cirurgia ocorre ainda na fase aguda da lesão.
Porém, reforçamos que para o sucesso do tratamento, é essencial contar com um ortopedista especialista, qualificado e experiente durante todo o processo de tratamento e recuperação de uma luxação acromioclavicular.
O Dr. Eric Curi, com sua vasta experiência e especialização em ortopedia, está disponível para avaliar, diagnosticar e tratar lesões acromioclaviculares.
Então, se você ou alguém que conhece está enfrentando sintomas ou tem preocupações relacionadas a essa condição, entre em contato o quanto antes para marcar uma consulta!
Se você está lidando com dor ou perda de função no cotovelo, a cirurgia pode oferecer alívio e melhorar sua qualidade de vida.
Para saber mais sobre como a cirurgia no cotovelo pode ajudá-lo, entre em contato com o Dr. Eric Curi e agende uma consulta. Estamos aqui para ajudar você a recuperar sua mobilidade e qualidade de vida!
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